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sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM.

DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM.
Continuando o Assunto:
O aluno com dificuldades de aprendizagem pode apresentar um ou mais dos problemas abordados. Portanto, o professor necessitará de saber quais os problemas específicos que o estudante tem. Só a partir daí será possível dar respostas às necessidades educativas do mesmo.
  EXEMPLO:
Se o estudante registra uma disfunção visual, seria contraproducente recorrer a métodos de caráter marcadamente visual. O professor deverá, pois, ter conhecimento da modalidade de aprendizagem em que o estudante melhor funciona, a fim de poder explorar os seus pontos fortes. É, no entanto, de notar que, de forma a dar resposta às necessidades de todos os alunos da classe, a opção ideal residirá numa abordagem multissensorial. O estudante identificado nessa situação deve ser inserido num ambiente bem estruturado. De forma geral, o rendimento dos alunos melhora quando o professor esquematiza no quadro as atividades a realizar ao longo do dia ou da aula e apresenta, segundo o mesmo processo, os objetivos a atingir. Uma revisão de fatores como tempo e regras associados a cada nova atividade ajuda igualmente o estudante com dificuldades de aprendizagem a fazer a transição entre uma atividade e outra.
Algumas atividades realizadas na sala de aula ou a existência de constantes e múltiplos diálogos simultâneos conduzem facilmente alguns alunos com dificuldades de aprendizagem a um estado de estimulação excessiva. Nestas condições, estes estudantes apresentam frequentemente um comportamento inadequado, o qual pode perturbar toda a classe. O professor, neste caso, tem a seu cargo a responsabilidade de ajudar os estudantes em questão a recuperar o comportamento adequado. O estudante se pode dirigir para fazer uma pausa, afastando-se das atividades em curso. Pode ainda, por exemplo, pedir ao estudante que vá realizar uma qualquer tarefa fora da sala de aula, ou poderá mesmo encaminha-lo para a biblioteca da escola. Tais ações, porém, nunca devem ter o caráter punitivo, servindo tão só como oportunidades para o estudante poder usufruir de momentos de sossego e assim recuperar a calma perdida.
A modalidade de aprendizagem de muitos estudantes com dificuldades de aprendizagem é uma modalidade cenestésica. Estes estudantes têm maior facilidade em aprender, quando podem ver e tocar objetos concretos relacionados com os conteúdos que estão a ser lecionados. Conseguem também produzir uma imagem cenestésica, se, com dedos, formarem as letras e os números no espaço. Dependendo da idade do estudante, o recurso a areia e a lixa para formar letras e números produz o mesmo efeito. No entanto, na classe regular, uma abordagem deste tipo isolará o estudante, a menos que todos estejam a usar o mesmo método. O recurso à manipulação de objetos em que toda a classe ou um pequeno grupo está envolvido resulta menos intimidativo e todos os estudantes serão beneficiados.
O professor precisa ser flexível, no que diz respeito aos trabalhos que distribui. Se um aluno tem dificuldade em produzir um relatório escrito, deve ser considerada a hipótese de substituir pela versão oral ou gravada. Os computadores são ferramentas extremamente úteis neste campo, existindo mesmo vários tipos de programas destinados a facilitar a produção escrita. Pode também ser necessário reduzir a extensão dos trabalhos escritos, de forma a que o estudante com dificuldades de aprendizagem possa ser bem sucedido na total realização do exercício em causa.
A cima de tudo, o professor deverá assinalar os sucessos obtidos por estes estudantes, ainda que eles possam ser reduzidos. Tal como deve acontecer com todos os estudantes, o feedback deve ser positivo e imediato. O recurso, as técnicas de modelação do comportamento pode também estimular o desejo que o aluno tem de ser bem sucedido.
É essencial que o diagnóstico das dificuldades de aprendizagem e dos problemas que acarretam tenha lugar o mais precocemente possível. Se não tiver conhecimento dos fatos e se não apoiar o estudante, este sentir-se-á cada vez mais frustrado e perturbado pelo seu recorrente insucesso. Em fases posteriores da sua vida acadêmica, o aluno pode mesmo desistir de tentar ser bem sucedido. Os estudantes cujos problemas são detectados precocemente e que, por essa razão, são submetidas a intervenções adequadas, podem desenvolver estratégias que compensem as suas dificuldades e que lhes permitam ter sucesso.

Fonte:
In Nielson, L. (1999) Necessidades Educacionais Especiais na Sala de Aula: Um guia para professores, Porto Editora, Porto.

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