"As melhores coisas da vida são vistas com o coração".

CLAU LEÃO

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"A inteligência é o farol que nos guia, mas é a vontade que nos faz caminhar."

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

INDISCIPLINA NA ESCOLA

O professor deve tentar conquistar a confiança
do estudante através de um comportamento
exemplar, não ofendendo o estudante
verbalmente ou fisicamente, nem desprezar o
estudante de forma alguma.






INDISCIPLINA NA SALA DE AULA
Um comportamento indisciplinado é qualquer ato ou omissão que contraria alguns princípios do regulamento interno ou regras básicas estabelecidas pela escola ou pelo professor ou pela comunidade. Os motivos da indisciplina podem ser extrínsecos à aula, tais como problemas familiares, inserção social ou escolar, excessiva proteção dos pais, carências sociais, forte influência de ídolos violentos.
A demonstração dos alunos e o desinteresse explícito por aquilo que se pretende ensinar ou qualquer outro comportamento inadequado, por vezes não são mais do que chamadas de atenção ao professor sobre os seus métodos de ensino ou sobre as estratégias de relação na aula. O professor deve ser explícito e justo na negociação do contato que é feito com os estudantes. A alteração das regras pode provocar indisciplina.

O aluno Traz para a aula os valores e atitudes que foi apreendendo até aquele momento. A indisciplina pode ser um reflexo da ausência de condições para uma adequada educação familiar. A indisciplina pode surgir como a outra alternativa ao seu insucesso escolar, procurando deste modo “valorizar” a sua relação com os outros. Este insucesso não se refere exclusivamente às classificações nas disciplinas, mas também em certos valores, que ele pensa serem assumidos pela comunidade, e que o aluno não vê refletido nele.
A própria constituição física ou intelectual do estudante pode provocar comportamentos indisciplinados. A imaturidade, a vadiagem, a desatenção, a incapacidade de fixação, o baixo rendimento de distúrbios mais profundos (quer fisiológicos, quer emocionais), que é preciso tratar, sem o qual as repressões ou sanções serão totalmente ineficazes e até contraprudentes.
A conversa entre estudantes pode ser outra forma de indisciplina. Os estudantes falam e continuam a falar, mesmo depois do professor os chamar atenção.
A linguagem e o discurso adequados do professor são instrumentos capazes de alterar alguns comportamentos. O professor é um líder. Para os estudantes, o professor é a imagem de um ideal (positivo ou negativo), queira-se ou não.
Se o professor assumir uma atitude disponível mais realista, dando confiança aos estudantes mas sem perder a situação e sem se mostrar inutilmente permissivo, é possível que consiga evitar alguns conflitos. É muito importante a fase inicial do ano. Torna-se conveniente evitar o mais possível o recurso a castigos e a críticas. O professor deve assumir a atitude de quem detém um poder, mas não se sabe bem quanto o vai usar. Se um professor usa demais as mesmas armas, acaba por ficar desarmado. Não é aconselhável a censura permanente, sendo mais adequado ignorar os comportamentos incorretos que não perturbem diretamente com o desenrolar da aula. Utilizam-se estratégias adequadas a cada estudante e a cada situação.
SUGESTÕES:
•    Refletir sobre as atitudes e funções do professor;
•    Planificar a aula cuidadosamente em todos os seus momentos;
•    Cativar os estudantes, de modo que eles não digam que a “verdadeira vida é lá fora”;
•    Observar cada aluno;
•    Favorecer o desenvolvimento da autoconfiança;
•    Fomentar o respeito mútuo entre os estudantes e os estudantes e o professor;
•    Discutir com os estudantes o regulamento de uma turma, respeitando-o e fazendo respeitar;
•    Manter ritmo de aula e suavidade na transição entre tarefas;
•    Utilizar uma linguagem e um discurso adequados para alterar alguns comportamentos.
•    Evitar fazer comentários desnecessários, a não ser que lhe peçam a opinião. Neste caso, diga o que pensa sem querer ser “porreiro”;
•    Evite tomar bicas ou ir às discotecas/festas com os estudantes, a não ser em casos excepcionais;
•    Diferenciar a aula, indo ao encontro das necessidades dos alunos. Propondo atividades diferenciadas, utilizando linguagem diferenciada, assumindo atitudes diferenciadas.

•    Manter a aula ativa, motivar o estudante na sala de aula através de questões dirigidas. Utilizar fichas de  trabalho personalizadas, diversificadas e apelativas. Realizar algumas aulas de trabalho de grupo. Propor trabalhos de projeto. Propor atividades com diversos materiais. O estudante não deverá estar passivo, mas antes sentir-se cúmplice da sua aprendizagem.
•    Atender aos feedbacks, escutar as participações e opiniões dos estudantes;
•    Analisar a “história” do estudante;
•    Olhar os estudantes de forma segura e confiante;
•    Utilizar uma linguagem audível, clara, precisa e sem hesitações;
•    Informar o estudante que o seu comportamento refletir-se-á na avaliação, quer positivamente, quer negativamente, tendo em consideração os objetivos  gerais do ciclo;
•    Atuar imediatamente após detectar algum problema;
•    Atuar com calma e firmeza;
•    Identificar o(s) estudante(s) perturbador(es);
•    Dialogar fortalece a relação entre o professor e o estudante. O uso adequado da palavra reveste o professor de credibilidade e autoridade perante os estudantes. O professor é o dinamizador da aula, impulsionando a ação, promovendo a aquisição do conhecimento pelos estudantes, e assim, atingindo os objetivos. Utilizará uma voz equilibrada, segura, confiante e emotiva. Acompanhada de outras expressões que reforçam a mensagem e o diálogo. Pretende-se que o aluno respeite e faça respeitar os outros alunos.
•    Conhecer o aluno, analisar o aluno física e emocionalmente, o seu percurso escolar, o seu meio familiar, a sua relação com os outros (estudantes, professores, funcionários, comunidade,...);
•    Diferenciar a aula, indo ao encontro das necessidades dos estudantes;
•    Gratificar o estudante quando ele assume boas atitudes;
•    Responsabilizar o estudante em causa e toda a turma pela atitude do estudante. É fundamental tratar o aluno como pessoa, contribuindo, sempre que possível, para a formação de uma autoestima forte;
•    Ignorar o acontecimento, para não provocar repulsa por parte do estudante. Posteriormente chama-lo à atenção;
•    Repreender o estudante de forma verbal em particular ou perante a turma, responsabilizando-o pelas suas atitudes;
•    Mudar de lugar alguns estudantes, tendo em consideração o seu aproveitamento e grau de concentração. Nesta ação o professor deve tomar muito cuidado para não ser arrogante e excludente;
•    Marcar falta de material;
•    Contatar com os Encarregados de Educação, utilizando a caderneta individual do estudante. Poderão ocorrer outras formas de comunicação. A indisciplina na escola combate-se pela coresponsabilização dos professores, alunos e pais. Os pais deverão fazer corpo com os professores nesta tarefa;
•    Avaliar, tendo em consideração os objetivos gerais e de disciplina. Efetuar a auto avaliação, a hetero-avaliação e coavaliação;
•    Marcar falta disciplinar, mantendo o estudante na sala de aula e escrever uma participação disciplinar;
•     Conselho de classe/escolar onde são definidas estratégias de atuação conjunta;
•    Sugerir reuniões de professores da turma e de encarregados de educação;
•    Convocar Conselho de Classe/Escolar, disciplinar.


Não existe uma fórmula secreta para fazer com que qualquer estudante saiba aprender. Mas há alguns processos e estratégias que maximizam o rendimento escolar de determinados estudantes, em determinadas situações, em determinadas matérias. Cada estudante tem as suas características e por isso necessita de um plano apropriado de incentivos e aprendizagens em métodos de estudo. Por isso, junto dos estudantes o professor estuda, divulga e incentiva a utilização de diferentes métodos de estudo. O professor procura transmitir o saber e como saber, procurando estratégias para ajudar o aluno a estudar e, a saber, cada vez mais. Um estudante é mais eficiente se aprender a maximizar as suas capacidades. O mais importante é que ele consiga desenvolver a autoconfiança, o espírito crítico e a livre iniciativa.

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